quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Jardim Botânico

Penumbra das árvores
Sobre as flores mais belas
Os sentimentos mais nobres
Sorriso fadado a sequelas

A inocência tropeçou
na intenção matreira
Balbuciou alegre
Som da cachoeira

A confusão se desfez
E foi a última gota
O vazio só ardia

Mas me afagaste os cabelos
Sorriste pra mim; me deste
Direito de ser humana

Quanto vale tua auto-estima?

Vamos celebrar
Por trinta segundo
E chorar o prazer perdido depois


Vamos dançar
Na névoa
E provar algo pra alguém


Vamos beber
Pra ficar de porre
E vomitar vantagem no dia seguinte


Vamos transar
Com tudo e todos
E não dar mais valor a nada


Vamos festejar
E só
O mundo que se dane

Genial! Ou não... (8ª edição)

Primeiro de tudo, desculpem-me por não ter postado semana passada como todos fizeram. Tive problemas técnicos que me incapacitaram de fazê-lo. Mas estou voltando de férias com poemas novos! Sim, mais lirismo comedido para vocês!
Essa semana foi um tanto complicada e só consegui trabalhar os dois poemas que posto aqui hoje. Mas semana que vem, tudo voltar ao normal, inclusive minha coluna. Minhas reflexões foram pobres e sem graças, e incluíam assuntos como: por que diabos o Jay-Z canta em Umbrella e o que significa "No clouds in my stone" poeticamente?
Boas vindas a todos e vida longa ao Hipóbole!

PS: Me orgulho de postar um soneto um tanto diferente no Hipobóle. Sem rigorosas métricas (mas tem alguma, sim), com rimas esporádicas e espontâneo, inseguro, nobre como um coração apaixonado. É só meu jeito de te dizer um sincero obrigada.