“De contemptu mundi”
Os tempos são outros, os sorrisos os mesmos
Nos rostos das crianças que caminham pelo bairro
-Eu envelheci,
-Todos nós...
Mas tantos outros nasceram, apesar dos que se foram
A pobreza é a mesma:
Os meninos de rua cresceram,
Mas as barrigas não pararam de parir
De modo que, após tanto tempo
Esses miseráveis na verdade ainda são os mesmos
Direita, esquerda,direita, esquerda
Os governos mudam,
A burocracia, sempre a especialidade da casa
Até as velhinhas que caminham nas praças aos domingos,
Parecem ser as mesmas!
Uma reforma aqui, outra ali, mais uns barracos na favela, mais uns terrenos ilegais nas mansões...
Mas a cidade ainda é a mesma
Depois de tanto tempo...tantas preocupações, alegrias e desgraças
É como se tudo acontecesse ainda pela primeira vez
Em cada vida uma história
Quase sempre aprisionada,muda até seu fim...
Como se a razão de existir fosse dar fim à desgraça da vida...
Talvez as coisas ainda sejam as mesmas na sua essência
Já que o homem ainda é espécie dominante
Num Mundo tão vasto, tantas histórias,
Tão pobres memórias...
Os tempos são outros, os sorrisos os mesmos
Nos rostos das crianças que caminham pelo bairro
-Eu envelheci,
-Todos nós...
Mas tantos outros nasceram, apesar dos que se foram
A pobreza é a mesma:
Os meninos de rua cresceram,
Mas as barrigas não pararam de parir
De modo que, após tanto tempo
Esses miseráveis na verdade ainda são os mesmos
Direita, esquerda,direita, esquerda
Os governos mudam,
A burocracia, sempre a especialidade da casa
Até as velhinhas que caminham nas praças aos domingos,
Parecem ser as mesmas!
Uma reforma aqui, outra ali, mais uns barracos na favela, mais uns terrenos ilegais nas mansões...
Mas a cidade ainda é a mesma
Depois de tanto tempo...tantas preocupações, alegrias e desgraças
É como se tudo acontecesse ainda pela primeira vez
Em cada vida uma história
Quase sempre aprisionada,muda até seu fim...
Como se a razão de existir fosse dar fim à desgraça da vida...
Talvez as coisas ainda sejam as mesmas na sua essência
Já que o homem ainda é espécie dominante
Num Mundo tão vasto, tantas histórias,
Tão pobres memórias...
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Lucas O. Mourão