sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Caderno de um poeta

Folhas amassadas e magoadas
Rasuras infinitas
Idéias cruas e inacabadas
Anotações benditas

Zombaria d’uma caneta falhada
Mentiras desvairadas
Eu-lírico de lástima exagerada
Lágrimas derramadas

Pérolas a porcos, precipitadas
Mil balas de safira
Esmeraldas a Afrodite, jogadas
A reviravolta e vira

Lirismo comedido ou espatifado
Tudo espalhado

Aristocrático

Sorria, sorria sempre
Desventura emocional?
Ninguém se importa
O mundo é superficial

Esteja sempre bonita
O apego é material
Conteúdo? Pra quê?
O mundo é superficial

Problemas? Que problemas?
O mundo não quer saber
Por isso, sofra em silêncio
Não deixe ninguém perceber

Genial! Ou não... (7ª edição)

Sim, postando na sexta ^^ Espero que o Natal de todos seja maravilhoso. Espero, obviamente, que o Ano Novo de todos também o seja.

Essa semana foi frutífera para reflexões – diversos temas foram abordados na minha cabeça e três deles viraram poemas (mas acredito que o terceiro seja demasiadamente pessoal para que possa postá-lo sem preocupações). Mas essa semana descobri algo: não basta somente a inspiração inicial na construção de um poema, mas também tempo para trabalhá-lo. Isso pode parecer óbvio e sem-graça, mas me intriguei a beça com isso. Devo ter uns 20 poemas e nunca percebi? Como assim?
Pois é. Porque essa semana foi cheia de fontes de inspiração no meio do caminho (no ônibus, que é meu local favorito para escrever, atualmente), o que me fez ter poemas pendentes (!!), que tinham buracos para versos e versos mais ou menos, que foram substituídos logo após. Dos meus pendentes, ainda me restou um.
Algo também chamou a atenção de um jeito brusco: os parques da cidade do Rio de Janeiro. Nessa semana, fiz um passeio com meu tio, sob o sol de 40 graus pelo Jardim Botânico e pela Lagoa. Claro que sempre quando faço um passeio desses, me impressiono com a beleza da cidade, que é algo aceitado bem no consciente de todos e supostamente, bem óbvio. Mas andando pelos lugares bonitos da cidade (que de forma alguma não se resumem aos que citei), descobre-se que não é nada óbvio, não é previsível. Descobre-se que esses lugares tem uma magia, uma personalidade própria e um humor que os torna dignos de muito mais que uma visita por ano.

Hum... recomendações? Nenhuma por essa semana, além de um bom champanhe!
Até qualquer dia da semana que vem