terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sobre Química.

Hoje eu iria postar algo infame e infantil, e conseqüentemente engraçado. Se você queria algo com uma dessas características, volte semana que vem, prometo todas essas características no post de semana que vem. Fui tomado por um ímpeto, ontem, após estudar umas 4 horas de química para a prova de hoje, de escrever algo sobre química. É uma matéria que repudio, e falo isso correndo o risco de insultar 4/6 da minha equipe de colunistas que adoram essa matéria. Nada mais justo que explicar o porquê.
Você gosta de ser enganado? Química é isso. Nada que aprendemos é o que realmente é. Não existem letrinhas que se juntam a outras com setinhas, não existem bolinhas, o benzeno não é um hexágono perfeito com um círculo no meio. As reações reais são infinitamente mais complexas do que as que nos ensinam. Me lembro de uma música amadora que um amigo fez para protestar contra isso, o refrão dizia assim: ‘’Química subliminar/ Faz você acreditar/ No que vão te ensinar.’’
Entretanto, só existem dois modos de descobrir essas coisas: Cursando química em alguma faculdade, ou através de estudo próprio, curioso, e muito extensivo, soma que torna essa opção quase inviável.
Mas é preciso saber mesmo como essas coisas funcionam? Pense bem, na terceira série, quando aprendemos sobre a Conjuração Mineira, vemos que Tiradentes foi um grande herói nacional, que morreu com ideais revolucionários, por todos os outros inconfidentes. Entretanto ao chegarmos ao ensino médio, é dito que Tiradentes morreu como um bode-espiatório, para livrar os outros inconfidentes que possuíam muito mais riquezas e poder que ele. Seria certo jamais descobrirmos a verdade sobre o nosso suposto herói? Pois é, grande parte de nós jamais descobrirá sobre os verdadeiros processos da química. Ficaremos para sempre como um filho adotado, que na adolescência descobre, por descuido ou revelação tardia dos guardiões, que na verdade jamais chegou a conviver com seus pais biológicos, e que passará o resto dos dias se indagando da sua verdadeira origem. Agora vejamos a segunda opção, o estudo intensivo.
Existem duas vias principais para se atingir a felicidade na vida, a da ignorância, ou inocência, e a do saber. A da ignorância se baseia basicamente em jamais questionar o mundo à sua volta, sempre aceitando tudo como é. O do saber, ao contrário, é baseado em absorver conhecimentos, perguntar, jamais aceitar uma meia explicação. O estudo intensivo está nessa segunda opção. A grande questão dela, é que, durante o pouco tempo que passamos vivos, é impossível absorver conhecimentos o suficiente pra suprir as nossas necessidades, é incabível aprender tudo sobre tudo.
Eu li uma vez, que na vida temos duas caixas, uma na mão esquerda e uma na direita. A da direita é onde guardamos todas as coisas essenciais. Tinha uma explicação bastante lógica para a escolha da mão, mas agora não me recordo qual.
A Caixa da mão esquerda. É onde se guardam os prazeres dispensáveis. Dá vontade de se enclausurar nessa caixa, e passar a vida nos dedilhados de Chopin, no Beethoven. Mas agora chegamos num ponto, onde é impossível fazer essa escolha. Chegamos num ponto onde a curiosidade se tornou a guia, e que não é possível aceitar meias explicações, a caixa da mão esquerda agora é só um privilégio que aproveitamos em raras e notáveis ocasiões.
E é por isso que eu odeio química. Pra falar a verdade, o professor monótono também não ajuda muito.

Um post monumental.

Esse post é um monumento. Você parou para ler ele, na correria do dia a dia. Você tem suas próprias razões imagino. Em respeito ao homenageado, fascínio pelas aves que agora fazem dele seu lar, ou apenas a curiosidade de saber a razão de haver um monumento no meio de um blog.
Ao se inclinar para ver a placa de bronze presa a estrutura, já desgastada pelo tempo e poluição, é possível ler com certa dificuldade as palavras que estão gravadas:

''Em Homenagem ao Colunista Desconhecido das Quartas-feiras. Você, estranho, que passa aqui todo o dia em meio a distração da rotina, que lê com '?'(Os desgastes tornaram a palavra ilegível) religiosa os textos do hipóbole, que ocasionalmente deixa seu comentário construtivo naquele texto que te agrada mais, ou que te irrita ao ponto de ser impossível conter as críticas, que, enfim. Pense nos textos jamais escritos do Colunista Desconhecido das Quartas-feiras.''

Chega de metáforas. Já explicaram isso antes, mas eu acho que é sempre bom dar uma reforçada: As quartas-feiras estão destinadas aos textos que vocês leitores mandam para nós. É claro que podemos ver aqui, nas próximas semanas, textos de amigos próximos que não fazem parte do grupo dos 6 colunistas crassos. Mas, ao meu ver, é bastante interessante receber textos de pessoas aleatórias que lêem o blog por alguma razão que me escapa a lógica. O processo de seleção não é nem um pouco duro, e se seu texto não for selecionado logo de cara, ele poderá aparecer nas semanas seguintes. Para mandar o texto(que por sinal, pode ser qualquer tipo de texto) é só entrar em contato com alguns dos colunistas, os e-mails estão nos perfis. Essa quarta eu mesmo vou por um texto, as razões para isso estão explicadas mais ou menos no post logo abaixo.

Por favor não pixem o monumento, ele já tem fezes de pombo o suficiente.

Apresentação – Parte 3 (Ou egocentrismo é foda)

Só porque todo mundo tá fazendo. Eu só quero ser como os caras legais sabe?

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’’Sois cristão?’’
Na verdade, sim. Mas também sou bravo, forte, filho do Norte. Nordeste pra ser mais exato. Filho de Pseudo-retirantes como diriam alguns. Convenhamos, também não sou muito forte. Mas bastante bravo quando em números. Não Luiza, puro sangue não.

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Os modernistas foram aclamados por escreverem sobre situações cotidianas, da rotina. Para mim isso é docemente conveniente.

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Aposto que você entrou hoje no hipóbole procurando um texto de verdade né?HÁ!

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Peço uma desculpa aos nossos 3 leitores, e aos meus colegas colunistas. O dever acadêmico me impede de aproveitar do tempo ocioso para escrever meu texto de hoje. Prova de Química. Amanhã. Guardem suas tochas e tridentes. Eu peço paciência. Se os planetas conspirarem, e com a ajuda de Cronos, eu ponho algo decente na quarta. Chega de indecência no hipóbole!

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Por sinal o Microsoft Word® não só não reconhece a palavra hipóbole, como sugere uma correção oportuna. Adivinha qual? Hipérbole! Isso é um insulto a nossa iniciativa!

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Terças-feiras no hipóbole agora com mais Kendo! Quer dizer não exatamente essa terça. Mas amanhã eu ponho um texto de verdade, e peço a Luiza ou ao Marco mudarem a data pra hoje. Isso mesmo, malandragem descarada. Lá vem o Vitor, descendo a Ladeira, pandeiro na mão, samba no pé! Protelando o trabalho! Essa malandragem carioca é o que eu vou passar pro meu filho! (Ou não).

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Até amanhã, que por sinal, deveria ser a estréia de nosso colunista convidado da semana, porém não achamos entre as mais de 400 crônicas, contos, dissertações, poemas e apresentações em PowerPoint enviadas para o e-mail do blog, algo que atingisse o nível de qualidade dos textos do hipóbole. Além disso, negar todas as tentativas ajudou a inflar nossos egos, então elas não foram totalmente inúteis! É. Na verdade não recebemos nenhuma sugestão de texto. Droga. Até amanhã.