Esse pano velho
Tantas vezes remendado
heterogêneo, um pouco esgarçado
Esse pano já sem cor, sem vida;
Neste pano que veste duas almas
estão inscrustados pequenos diamantes
pequenas sobras de felicidade
alguns vestígios de trsiteza...
Esse pano
que não se sabe ao certo o que é:
Uma blusa, um casaco, um vestido;
Um pano informe...
Apenas velho. Um pouco encardido;
Pano imaterial, insólito, reluzente
Pano que depois de algum tempo
foi esquecido, perdeu sua força
Esse torto a
m
o
r
Que não veste, não cobra, não completa
Se limita. Existe.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
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6 comentários:
Tá bom, desisto, você é boa demais!
Tocante, perfeito, maravilhoso como sempre.
Nem sei porque digo isso se já o disse tantas vezes, mas acho que é minha necessidade eterna de deixar tudo claro. Se fosse mais objetiva, diria apenas: Sublime
Nossa, muito bom.
Que bom saber que não é só na prosa, que é o que eu conhecia, que você se destaca...
Espero que você continue a escrever pra esse blog, mesmo que a qualidade de seus escritos destoe.
Parabéns!
Acho que tenho muitos panos velhos...alguns realmente esquecidos vem à tona nas horas mais inusitadas!
Bonito poema!
Como já disse antes, na falta de um elogio mais sofisticado:
Foda Ingrid!
Na prosa e na poesia, foda!
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