Por muito tempo achei que fosse o não estar
O estar sozinho
O vagar sombrio
Aí percebi que era um bicho que fica dentro do peito da gente
Comendo-nos aos pouquinhos
Achei que fosse o não aparecer
Mas vi que mesmo contigo
Continuava aqui dentro um vazio
Aí constatei que era o estar junto também
Pensei que fosse o teu silêncio
Entretanto quando falavas, não era comigo...
Cogitei até mesmo um duplo sentido
Mas não se encaixou
Porque a ausência foi apenas algo que eu inventei pra te ter como abrigo.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
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7 comentários:
Como eu admiro de verdade os seus textos, absolutamente calmos e estremecedores
( :
Lindo!
Marcia
me lembra daquela música:"o meu maior erro foi achar/que estar ao seu lado bastaria..."
Nossa, ingrid... Mais uma semana, mais uma prova de que voce é a melhor escritora do blog. Perto de seus textos, que são literatura de verdade, os nossos não passam de brincadeira adolescente (mesmo porque os meus não se pretendem mais do que isso).
Parabéns!(esse comentário tem se tornado repetitivo às segundas feiras...)
Pra contrastar com o elogio de 8 linhas do Marco, só vou dizer uma coisa: Foda.
(Minha memória é meio fraca, mas achei que você tinha dito que ia postar um conto hoje. Fiquei curioso, só.)
Valeu Pessoas!
E Kendo na verdade eu ia sim postar um conto...mas fiz um dei pra um amigo meu e ele me censurou...rsrs...senti um pouco de vergonha e não postei...mas vou tentar um pra próxima.
Nossa, chata, você tá ficando boa nisso, hein? Parece até gente grande escrevendo!
Muito bom o poema, muito expressivo =) Mas, de novo, não estava esperando menos ^^
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