quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Além dos ventos

De um fundo azul e bordas marcadas
em duas órbitas cheias de sonhos
transbordando sóis em manhãs douradas
seus olhos emitem o brilho
de uma estrela sozinha

Através do universo,
sinto seus passos na areia
Sei que andas em direção a mim
Sei que pensas em mim
e que devora cada vã palavra

Ao olhar pela janela e sentir o abismo,
pode jogar-se pois sabe que estarei lá
Serei o fim do caminho,
um súbita conclusão,
o chão macio
além dos ventos da queda

Alice Caymmi

2 comentários:

Me chamo Sapo (Lucas Mourão), disse...

original, sincero, e ainda por cima fala de órbitas e estrelas!
excelente! =]

Luiza N. Silva (Quinta) disse...

Não tem rimas?! Como assim?
Não, to brincando, está excelente, tem um sentimento profundo que dá um carisma ao poema... Muito bom!