domingo, 28 de outubro de 2007

Nizza

(Em resposta ao desafio proposto pela Luíza na quinta-feira, não vou escrever um texto longo como ela fez; apenas postarei meu poema-resposta com métrica e rimas)

À vista de tais três listras que, expostas,
Estavam ante a vitrine transluzente,
O prazer daqueles que encontram respostas
Foi o que senti e também toda gente.

Teria o feito enamorado artesão?
Ou máquinas de uma linha de montagem?
Um argentino, que pr’a garantir o seu pão,
Trabalha pr'o burguês que tira vantagem.

E o verde do pano lembrava a floresta,
O que não fazia, no entanto, sua sola
Cuja borracha era, sabemos, sintética.

Tão belas costuras, com padrão cosidas.
Perfeita és a linha que envolve tal obra
De arte que vejo, meus tênis Adidas

5 comentários:

Me chamo Sapo (Lucas Mourão), disse...

quem diria...um tenis Adidas!Em um ramo onde se costuma falar sobre vasos de cerâmica e estátuas de mármore ficou bem original!

Pedro_Salgado disse...

uma poesia pra um tênis... agora já vi de tudo...

Luiza N. Silva (Quinta) disse...

Ai meu Deus, esses modernistas ousados tem um sério problema, não fazem nada direito. A métrica está errada, usas linguagem informal e tem versos brancos. És um incompetente, modernista barato! Volta pr'os teus versinhos livres que só serves ali!
(Muito bom, fora isso! Parabéns, chato ^^)

Anônimo disse...

Diria que é de um lirismo sem igual.

=)

Juntos pela Adidas...

Ingrid Torres (segunda) disse...

Ímpar Marco...nunca vi nada mais original...Parabéns!