quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Poesia (é) Suja

Meu poema não tem rima
latrina, era uma palavra que eu poderia usar aqui
se usasse, rimaria
não usarei

Faço questão que o poema não tenha nenhuma fucking métrica
(a diferença aqui é que, mesmo que eu me esforçasse, não teria)

Já fiz soneto
ficou ruim
deu trabalho

Arte.
Que arte não diz nada????

Sentido surge na interpretação
mas só se interpreta o que é

Maçãs falácias gordas
raquetes conspirantes
psicotrópicos tropicais
matilhas clânicas estelares

Assim não dá.

De Pedro Salgado (do Blog Parede de Banheiro)

8 comentários:

Ingrid Torres (segunda) disse...

Lindo..Lindo..adorei!

Anônimo disse...

E o Hipóbole está de volta!

Segue replay do comentário acima.
ass.: clarissa maria

Marco Sá disse...

Muito bom, pedro, esse é o espírito. Poesia não deve ser levada tão a sério, mesmo que grande parte do blog discorde disso. ^^
Continue enviando textos, desculpa a demora.

Luiza N. Silva (Quinta) disse...

Que bosta ^^.
Não, sério, ficou ficou muito bom pr'um poema modernista. Como parnasiana, não sei se deveria elogiar, mas como ficou bom de verdade, faço questão.
Parabéns!

Pedro_Salgado disse...

Luiza, sem querer ser chato (mas já sendo muito), fiz esse pra vc... hahaha

Marco Sá disse...

Nossa,
Seria isso uma cantada?

Luiza N. Silva (Quinta) disse...

Tenho uma resposta à altura para ti, Pedro, meu caro. Posto próxima semana ^^

Luiza N. Silva (Quinta) disse...

Agora, meu querido, se achas que meus poemas não dissem nada, o problema de interpretação é teu. Talvez faltem algumas referências que não esteja entendendo.
Agora, se arte é livre, tá reclamando de quê? Acho que tenho o direito de fazer com a métrica que bem entendo. Ou sem, como já fiz muitas vezes. Mas, aparentemente minha concepção de poema é mais simbolista que a tua, já que eu me importo com a musicalidade de uma poesia (por isso, a métrica e as rimas).
Se não entendes isso, meu caro, não tenho porquê para estar discutindo contigo.